Neste mês, altura do ano em que vivemos a Quaresma, somos imediatamente levados a pensar e reflectir acerca deste tempo que Jesus passou à, aproximadamente, dois mil anos.
No entanto, a nossa meditação deverá ir muito mais além do que uma conversa em torno da carne ou do peixe à sexta-feira. É necessário adaptarmo-nos às vicissitudes modernas e contextualizar estes factos à luz dos nossos dias.
É imprescindível fazermos um dilúvio de ideias e ocasiões onde, de facto, conseguimos abdicar de determinados aspectos egoístas. Porventura a configuração primordial será o tempo. Será que abdicamos do tempo em função dos outros? Ou simplesmente utilizamo-lo como melhor nos convém? Será que somos fieis aos ideais cristãos ou limitamos às nossas extravagâncias?
Nesta tempo de Quaresma temos de analisar profundamente as nossas características. Não é relevante aquilo que os outros nos dizem que somos ou devemos fazer. O que interiormente pensamos nós realmente? Deverei seguir por este ou por aquele caminho? Claro está que a ajuda dos outros é fundamental em todos os aspectos ao longo da nossa vida. Não obstante, não é isso que está em causa.
Hoje, neste mês, nestes quarenta dias importa realçar a reflexão. O dar-se em vez do dar. O ser em vez do ter. Perceber que nem sempre querer é poder. Os outros somos nós. Nós somos os outros.
Foi assim que Jesus nos moldou. Todavia, não é isto que nós somos hoje. O que falhou? Onde erramos? É isto que temos de descobrir na Quaresma.
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